Caixa de Areia de Realidade Aumentada é mais novo recurso tecnológico para aulas no IFPA Campus Tucuruí

Imagine estudar assuntos como relevo, bacias hidrográficas e meio ambiente, por exemplo, a partir de uma simulação interativa com o uso de tecnologias digitais. Essa é a proposta apresentada pelo IFPA Campus Tucuruí, por meio do Núcleo Integrado de Pesquisas e Projetos de Engenharia (NIPE), na tarde dessa quinta-feira (9), no Auditório Central do prédio da Av. Brasília, onde estiveram presentes membros da comunidade acadêmica do campus e representantes de outras instituições.

A tecnologia apresentada é conhecida como Caixa de Areia de Realidade Aumentada. Ela produz efeitos visuais sobre a areia, simulando, por exemplo, a altitude de relevos, as chuvas e os alagamentos sobre superfícies, o assoreamento de rios, podendo ser usada em aulas práticas de geografia, cartografia, matemática, meio ambiente, física, topografia, saneamento, simulações de enchentes, projetos de drenagens e outros. Em testes realizados pela equipe, foi feita uma simulação de como seria uma inundação de uma área provocada pelo rompimento de barragem.

Para montar o equipamento, foi necessário a confecção e instalação de uma caixa de madeira com areia, suportes metálicos, um computador-base, um equipamento de projeção e um Kinect (sensor do Xbox 360, utilizado para captar movimentos e mudar as curvas de níveis de areia). Com esses equipamentos montados, a equipe, utilizando o sistema Linux, baixou o software livre Ar Sandbox desenvolvido pela Universidade da Califórnia e seguiu as instruções de instalação. Em seguida, realizou-se a calibração, fase em que são realizados ajustes para que a imagem projetada fique o mais próximo possível do real.

O equipamento montado pela equipe do IFPA Campus Tucuruí segue o modelo didático proposto pelo projeto "Caixa e-água", elaborado pela Universidade Regional de Blumenau, trabalhando as seguintes temáticas: relevo e água, bacia hidrográfica, ciclo hidrológico, área de preservação permanente e ocupação humana.

O coordenador do projeto, professor Midson Cardoso, explica que a montagem da tecnologia pela equipe levou 4 meses e destaca que o uso das metodologias ativas, da inteligência artificial e de outros instrumentos tecnológicos tornam as aulas mais atrativas e podem ser usadas não só para ministrar aula, mas para o desenvolvimento de pesquisas e ações de extensão.

Sobre os próximos passos da equipe, o coordenador do projeto afirma que “existem dois desdobramentos: o primeiro é gerarmos o nosso tutorial, como fez a Universidade Regional de Blumenau, para que professores, alunos e usuários possam entender melhor como [a tecnologia] funciona, poderem operacionalizar, e podermos também promover a disseminação do conhecimento. O segundo desdobramento é a possibilidade de colocarmos o projeto em uma linha de extensão, para levarmos para as escolas do Município de Tucuruí, avançando em termos de tecnologia e inovação para a nossa cidade e escolas”, conclui.

Equipe do projeto: professores Midson Cardoso, Térlys Silva, Daniel Chaves, Enoque Morais, Elton Carlos, Amadeu Souza; técnicos administrativos Wagner Vital e Tânia Viana; estudantes Emilly Ribeiro (edificações), Deivesson Gaia (Engenharia Sanitária e Ambiental), Maria Cristina (Edificações), Ester Rodrigues (Tecnologia em Redes de Computadores), Bianca Freitas (saneamento) e Nikole Pinheiro (Eletrotécnica).

Texto: Maurício Sousa – Ascom do IFPA Campus Tucuruí

Fotos: Thiago Milhomens – Ascom do IFPA Campus Tucuruí