Ir direto para menu de acessibilidade.
Brasil – Governo Federal | Acesso à informação
Início do conteúdo da página
Últimas notícias

Esporte inclusivo: IFPA Campus Tucuruí apresenta desenhos táteis para pessoas com deficiência visual em evento internacional

  • Publicado: Sexta, 01 de Julho de 2022, 18h50
  • Última atualização em Sexta, 01 de Julho de 2022, 20h25
  • Acessos: 1056

Inclusão, educação de qualidade e respeito à diversidade. É com esses princípios que o projeto Pará.Bola do IFPA Campus Tucuruí levou as experiências sobre um esporte inclusivo desenvolvidas na instituição para o Congresso Mundial de Ciência e Futebol (World Congress on Science and Soccer), que ocorreu no período de 15 a 17 de junho na Universidade de Coimbra, em Portugal. No evento, que tem como objetivo discutir a relação entre ciência, futebol e tecnologia, o IFPA Campus Tucuruí apresentou os desenhos táteis de quadras de futebol de campo e de salão destinados a pessoas com deficiência visual.

Os pesquisadores Jairson Viana, João Elias e Maria Sarmento, responsáveis pelos estudos, explicam que perceberam a pouca pesquisa existente relacionada a desenhos táteis para deficientes visuais no âmbito do futebol e que um estudo nesse sentido possibilitaria um melhor entendimento das pessoas cegas ou com baixa visão sobre o esporte,  (e rendimento nele), incluindo estudantes do próprio instituto e também participantes do projeto Pará.Bola.

O pesquisador João Elias afirma que “os desenhos foram feitos para ensinar orientação e mobilidade para pessoas com deficiência visual, ou então simplesmente para entender o esporte, como funciona, já que essas pessoas ouvem falar no futebol, [mas não o visualizam]”. Dessa forma, o material ajuda na identificação de cada posição (escanteio, grande área, meio de campo, por exemplo) e, com essa melhor noção das movimentações, o atleta pode otimizar o ensaio de jogadas e o público com deficiência visual consegue acompanhar de forma mais satisfatória a narração de uma partida de futebol pelos meios de comunicação, por exemplo.

Assim, usando software de edição de desenhos, papel microcapsulado (swell paper), uma impressora a laser, uma máquina fusora térmica, inscrições visuais (para pessoas videntes) e em Braille (para pessoas que só leem o Braille) e técnicas específicas para elaboração dos desenhos, o material foi criando forma, “tendo como avaliadores pessoas com deficiência visual, até que se chegasse às dimensões, texturas e relevos ideais”, conta Maria Sarmento, acrescentando que “durante a leitura grafo-tátil do desenho do espaço esportivo, a pessoa com deficiência visual recebe orientações sobre o desenvolvimento do jogo e das jogadas esportivas. Posteriormente, ela é levada à quadra esportiva para a sua orientação e mobilidade nesse espaço”.

De acordo com os pesquisadores, esse trabalho pode servir de inspiração para que outras instituições de ensino invistam na tecnologia assistiva aplicada à educação, desenvolvendo materiais em diversas disciplinas que melhorem o rendimento acadêmico dos alunos com deficiência visual.

Além da apresentação realizada, os pesquisadores fizeram a doação de desenhos táteis para a Universidade de Coimbra e para a Universidade Lusófona do Porto.

Sobre o projeto Pará.Bola

O projeto Pará.Bola – Centro de Vivência do Futebol é uma iniciativa do IFPA em parceria com a Secretaria Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor (SNFDT)/Secretaria Especial do Esporte, órgãos vinculados ao Ministério da Cidadania. O projeto, que ocorrerá em Tucuruí e Belém a partir do segundo semestre de 2022, vai receber mais de R$ 352 mil para investir em ensino, pesquisa e extensão, envolvendo futebol de campo e futsal.

Com uma proposta que beneficiará cerca de 300 jovens da comunidade interna e externa (do sexo masculino e feminino), muitos deles com deficiências auditivas e visuais e em situação de vulnerabilidade socioeconômica, o Pará.Bola terá o campus Tucuruí como gestor do projeto e funcionará com dois núcleos de vivência. O primeiro núcleo será sediado na cidade de Tucuruí, que contará com dois espaços: um no IFPA e outro na escola Raimundo Ribeiro de Souza, voltado para jovens de 14 a 23 anos. O segundo será na capital do estado, no IFPA/campus Belém, direcionado a alunos na idade de 14 a 25 anos.

Financiado pelo Programa Academia & Futebol (da SNFDT) e com duração de 24 meses, o Pará.Bola desenvolverá atividades que incluirão: aulas de futebol nos núcleos de vivência; eventos esportivos e acadêmicos, como cursos de aperfeiçoamento para professores de Educação Física, workshops e publicação de livros; e o Centro de Estudos e Difusão do Conhecimento Coletivo sobre Futebol e Futsal, o qual fará pesquisas sobre as tecnologias assistivas para a inclusão na Educação Física e também a respeito dos aspectos socioculturais do esporte.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

registrado em:
Fim do conteúdo da página
-->